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quinta-feira, 1 de março de 2012

Prefeitura do Rio confirma terceiro BRS do Centro para 06 de março




BRS – Bus Rapid Service no Rio de Janeiro. Sistema é intermediário entre o BRT (Bus Rapid Transit) que permite segregação e prioridade total ao transporte público e a operação de ônibus em vias comuns, onde eles dividem espaço com os carros de passeio e ficam parados no trânsito. Não como o BRT, mas o BRS possibilita uma velocidade maior dos ônibus deixando o transporte público mais atraente. No dia 06 de março,do corrente ano deve ser implantado o terceiro sistema da região central do Rio.

 Há BRS também na Zona Sul

Terceiro BRS do centro do Rio deve ser inaugurado somente na semana que vem

Previsão era de que sistema começasse a funcionar nesta segunda-feira, mas a inauguração foi adiada por problemas nas adaptações de avenida . O terceiro sistema de BRS – Bus Rapid Service – da região central da cidade do Rio de Janeiro deve entrar em operação somente no dia 06 de março. O sistema de faixas preferenciais para ônibus será implantado na Avenida Presidente Vargas. A inauguração estava prevista para o dia 27 de fevereiro, na segunda-feira, mas teve de ser adiada, segundo a Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro, para adaptações da via. Serão feitas reformas no canteiro central da Avenida, principalmente nas proximidades da Estação Central do Brasil. Um dos objetivos é facilitar o acesso e travessia de pedestres.
O BRS Presidente Vargas vai funcionar na pista central da avenida entre o Trevo das Forças Armadas e a Calendária.
As faixas terão 3,5 quilômetros de extensão e receberão 187 linhas de ônibus.
Pelo fato de os veículos de transporte coletivo não ficarem presos no congestionamento, será possível reduzir a frota de ônibus e manter ou ampliar a oferta para os passageiros. Livres do trânsito, menos ônibus podem fazer mais viagens. A frota, de acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, será reduzida em 15%. Assim, os ônibus também vão conseguir desenvolver mais velocidade.
Ao todo, 25 linhas de ônibus que passam pela Avenida Presidente Vargas terão alterações nos trajetos. Deve haver 17 pontos em cada sentido.

BRS NO CENTRO E ZONA SUL DO RIO DE JANEIRO:

A Avenida Presidente Vargas vai abrigar o terceiro BRS – Bus Rapid Service (faixas preferenciais para ônibus) na região central do Rio de Janeiro.
O primeiro foi inaugurado em 17 de dezembro de 2011 na Avenida Presidente Antônio Carlos e Rua  1º de Março. Em seguida, também em dezembro do ano passado (dia 29) , começou a funcionar o sistema na Avenida Rio Branco. Na zona Sul da cidade, o sistema de BRS foi instalado antes. Em 20 de agosto um BRS começou a operar na Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, e na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. No dia 08 de outubro começaram a operar ônibus em faixas preferenciais na Avenida General San Matrín, no Leblon, e na Rua Prudente de Moraes, em Ipanema.
Os táxis podem circular pelas faixas dos ônibus desde que transportando passageiros.

ENTENDA O BRS:

O BRS – Bus Rapid Service – pode ser compreendido como um sistema intermediário entre o BRT – Bus Rapid Transit e o tráfego de ônibus em vias comuns.
O BRT dá total exclusividade ao ônibus no espaço urbano. Trata-se de corredores (ou canaletas como é chamado em algumas cidades) totalmente separados dos demais veículos do trânsito. Por esta exclusividade, o BRT pode oferecer vantagens como estações maiores para embarque e desembarque e não apenas pontos de ônibus. Estas estações podem ser dotadas de sistema de pré-embarque, que é o pagamento da passagem de ônibus antes da entrada no veículo, o que reduz o tempo de parada de ônibus, além de painéis de informação em tempo real sobre linhas, horários e o próximo ônibus que está chegando. Tais estações também são dotadas de acessibilidade e podem ter elevadores para que as pessoas entrem nelas. O piso destas estações costuma ser na mesma altura do assoalho dos ônibus, evitando degraus o que facilita o cotidiano de quem possui mobilidade reduzida. O espaço exclusivo também possibilita que sejam usados ônibus de maior porte, como articulados ou biarticulados, que podem substituir sem prejuízo à oferta de transportes ônibus menores, o que deixa o sistema mais racionalizado e beneficia até na redução dos níveis de poluição. Ainda por conta da exclusividade, o pavimento é específico para veículos grandes e pesados. Sendo assim, há menos buracos e imperfeições na via. Isso desgasta menos o ônibus. Como contrapartida
então, as empresas podem investir mais em vez de gastarem em consertos por conta das más condições viárias e podem comprar ônibus com mais tecnologia e conforto, como com suspensão mais macia, piso baixo (se as estações não forem no mesmo nível do assoalho dos veículos), com mais tecnologia embarcada e até menos poluentes que costumam ter o preço inicial para investimentos maior, como trólebus (ônibus elétricos) e híbridos (movidos à eletricidade e com um motor à combustão, que pode ser a diesel, etanol ou biocombustível). O sistema de BRT mais famoso do País e que é considerado exemplo mundial é o da RIT – Rede Integrada de Transporte, de Curitiba.

Para os projetos de mobilidade, o Rio de Janeiro também investe em BRT. 

São quatro linhas interligadas:

TRANSOESTE: Liga a Barra da Tijuca e Campo Grande a Santa Cruz, com 56 quilômetros de extensão, por onde serão feitas 64 estações. Capacidade estimada para atender 220 mil pessoas por dia.
- TRANSCARIOCA: Liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. Serão 39 quilômetros de extensão pelos quais estarão distribuídas 45 estações. Capacidade estimada para atender 400 mil passageiros por dia.
- TRANSBRASIL. Os ônibus de grande porte em corredor exclusivo vão atender aos 60 quilômetros da Avenida Brasil, entre o Caju e Santa Cruz.
- TRANSOLÍMPICA: Vai interligar a Barra da Tijuca a Deodoro em 26 quilômetros, atendendo a 100 mil passageiros por dia em 18 estações.

Já o BRS – Bus Rapid Service não se trata de corredor de ônibus propriamente dito. São faixas preferenciais que não são totalmente segregadas do trânsito.


No caso do Rio de Janeiro, a preferência dos ônibus não é o dia todo. Há horários específicos. Nestes horários, os carros de passeio, motos e caminhões não podem entrar no espaço do transporte público, a não ser por um quarteirão para fazerem conversões ou terem acesso à garagens de prédios, residências e estabelecimentos comerciais.
Táxis com passageiros podem trafegar pelas faixas. O sistema é indicado para locais onde não são possíveis as realizações de grandes obras. Apesar de não ser um sistema totalmente segregado, que dê prioridade plena aos transportes públicos, por tirar veículos comuns da faixa dos ônibus permite uma velocidade maior aos coletivos.

Não com as mesmas vantagens de um BRT, mas com melhorias em comparação ao tráfego de ônibus em vias comuns nas quais os transportes coletivos precisam disputar espaço com os carros de passeio, motos e caminhões. O BRS pode também permitir uma melhor organização dos pontos de embarque e desembarque, mas há riscos de invasões de carros não permitidos nas faixas que seriam preferencialmente dos ônibus.

Por ADAMO BAZANI – CBN


Fonte: http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2012/02/29/prefeitura-do-rio-confirma-terceiro-brs-do-centro-para-06-de-marco/

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